Sinopse: Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.
Quando peguei para ler esse livro a primeira vez, estava em uma baita ressaca literária e acabei deixando ele de lado, por um lonnngo tempo.
Sempre na vibe de que a maioria dos thrillers ultimamente, onde o foco é a mulher. Não que eu esteja reclamando, alguns confesso que perdem um pouco a mão (não foi o caso desse) e fogem um pouco do intuito do livro. Agora se eu posso dar uma dica antes de você ler esse livro, é de que prepare o seu psicológico! Quando você menos esperar tudo vai mudar.
“Bisbilhotar é como fotografar a natureza: a gente não interfere no que está vendo.”
Se você está esperando uma narrativa dinâmica desde o início, não é bem assim. A. J. vai te desenvolver toda a rotina da Anna (uma dúvida, porquê todas são Anna? Hanna?), uma mulher que tem agorafobia no seu estágio mais elevado. Ela não consegue sair de casa nem para pegar a correspondência, você começa a perceber que isso deu início por conta de um grande trauma.
A rotina dela se segue assim, acordar, beber uma taça de vinho, bisbilhotar os vizinhos, atender seus pacientes on-line, mais uma taça de vinho, bisbilhotar mais um pouco e falar com o marido e a filha pelo telefone.
Você sabe que eles deixaram ela em casa depois do trauma, só não sabe o porquê. E assim a rotina dela se segue até um casal de vizinhos com um filho se mudar para a vizinhança. Ela fica fascinada por eles e toda a sua rotina.
Em um dia ela teve que se aventurar e sair para pegar as compras que deixaram no portão de entrada da casa. Nisso teve um ataque de pânico e desmaiou, sendo ajudada pela nova vizinha. Elas acabam ficando mais próximas. A vizinha conta sobre o casamento e o filho, sobre o marido que é um pouco violento, enquanto Anna mostra como é a sua vida dentro da casa.
Em um momento Anna supostamente escutou um grito vindo da casa dos vizinhos e resolveu questionar. Só que aparentemente não ocorreu nada, até que um dia em um momento de bebedeira, acabou presenciando a vizinha sendo esfaqueada em casa. Só que como alguém vai acreditar nela? Uma mulher que não sai de casa e vive espionando os vizinho? Que passa horas e horas bebendo e que toma remédios que podem causar alucinações?
“– Você não acha que está sendo um pouquinho paranoica? Antes que ele possa dizer mais alguma coisa, disparo: Não é paranoia se está realmente acontecendo.”
Mexer com o seu psicológico é a chave desse livro. A.J. Ele consegue fazer você sofrer junto com Anna, e muitas vezes achar que também está alucinando. Agora uma coisa eu posso te adiantar, você não vai sentir os plots chegando! E Vão ser um atrás do outro.
Tirei meia estrela porque achei que a história se enrolou muito no começo, uma ação propriamente dita só vai acontecer lá pela página 100, e isso para alguns leitores pode ser um pouco chato.
Eu particularmente amei a leitura, não esperava me surpreender tanto quanto me surpreendi. "A mulher na janela" é aquele livro que você vai ficar parado olhando para o nada, tentando entender o que aconteceu naquele final depois de ler. Uma leitura super válida que todo amante de um bom thriller vai amar.

A mulher na Janela
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